Autor
Costa do Sauípe
Equipe Costa do Sauípe
Que tal um mergulho na tradição e simbolismo das fitas do Senhor do Bonfim, um dos ícones mais queridos e marcantes de Salvador e de toda a Bahia? Se você já teve a oportunidade de visitar a capital, ou outras cidades baianas, com certeza já se deparou com essas fitinhas coloridas que adornam pulsos e tornozelos.
Feitas de diferentes materiais, desde pano até acetato, elas carregam consigo a essência da fé e tradição do povo local!
Neste artigo, vamos desvendar as curiosidades que tornam as fitinhas do Bonfim tão especiais. Desde a tradição de realizar pedidos até a sua confecção artesanal, prepare-se para embarcar em uma jornada repleta de história.
Afinal, é mais do que uma lembrancinha: é um pedacinho da Bahia para onde quer que você vá. Vamos lá?
Nos anos dourados da década de 1950, as ruas movimentadas de Salvador já testemunhavam o surgimento desses singelos e poderosos talismãs.
Naqueles anos, a efervescência do turismo começava a dar seus primeiros passos, e as fitinhas do Bonfim emergiram como souvenirs, carregados de simbolismo e promessas. A tradição, entrelaçada com a crença de que as fitas deveriam ser presenteadas, não compradas, começava a tomar forma.
Nessa época, já se acreditava que um simples gesto de generosidade poderia transformar a fitinha em um amuleto especial!
A década de 1950 também trouxe consigo a tradição dos três pedidos, uma inspiração vinda de terras distantes. A administração pública, percebendo o potencial dessas fitas, contribuiu para sua popularização ao divulgá-las em revistas, como Cruzeiro e Manchete. Assim, a Lavagem do Bonfim, que sempre teve seu lugar de destaque na Bahia, viu sua visibilidade crescer ainda mais.
No lugar das tradicionais Medidas do Bonfim, as fitinhas do Senhor do Bonfim, nascidas no final do século XX, se tornaram os novos amuletos, compartilhando promessas e memórias entre fiéis, clérigos e representantes de diversas religiões.
Algumas teorias sugerem que a origem desses amuletos remonta a tradições da Igreja Católica, vindas de Portugal e incorporadas às tradições das religiões de matriz africana. Essa tradição, impulsionada pelo calor humano e pela fé, continua a tecer uma história que se estende até os dias de hoje!
Como você já sabe, a tradição não é recente. Para sermos mais exatos, em 1809, Manoel Antônio da Silva Serva, tesoureiro da Devoção de Nosso Senhor do Bonfim, teceu os primeiros fios dessa história.
Manoel, livreiro, editor e tipógrafo, fundador da primeira tipografia da Bahia, criou as fitinhas com um propósito: angariar recursos para a igreja no século XIX. Desde a fundação da Devoção em 1745, a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim mantém viva a tradição.
Curiosamente, a fitinha do Bonfim não começou com esse nome. Inicialmente, era chamada de "Medida do Bonfim", uma designação que fazia referência aos 47 centímetros de comprimento, correspondentes ao tamanho do braço direito da estátua de Jesus Cristo na basílica.
Nessa época, a "medida" tinha entre seis e sete centímetros de largura, confeccionada em algodão ou seda, com bordados à mão, adornada com desenhos e o nome do Santo.
Ao contrário do uso atual, a "Medida do Bonfim" era usada como um colar no pescoço, onde os fiéis penduravam medalhas, santinhos e pingentes, simbolizando as graças alcançadas. Embora tenha desaparecido na década de 1940, a "Medida do Bonfim" deixou seu legado, evoluindo para as fitinhas que conhecemos até hoje e são um pedacinho muito especial da Bahia de verdade!.
Seja parte da sua crença ou não, visitar a Igreja do Senhor do Bonfim é uma das coisas que você precisa fazer em Salvador!
A cada visita, a escadaria do Bonfim testemunha a fé e a renovação constante de desejos, já que a cada três ou quatro meses, todas as fitas que adornam as grades da igreja são queimadas em uma cerimônia católica, dando espaço para novos anseios e promessas.
A devoção ao Senhor do Bonfim é uma herança portuguesa enraizada na cultura baiana, e a igreja é um reflexo desse sincretismo religioso.
Além da atmosfera única, a Igreja do Bonfim guarda um tesouro no segundo piso: um museu que revela a história da devoção. Quadros, indumentárias dos padres, móveis e uma coleção impressionante de Ex-Votos - presentes dados pelos fiéis em agradecimento por graças alcançadas - aguardam para contar histórias de cura e fé.
Desde feitos em madeira esculpida até peças de prata e ouro, esses objetos testemunham as manifestações tangíveis de gratidão. Entre eles, há até mesmo curiosidades, como uma moeda amassada por uma bala de revólver que salvou a vida de alguém.
E, é claro, não se esqueça de amarrar sua fitinha e fazer três pedidos no famoso gradil da igreja!
Já pensou em participar de uma das maiores celebrações da Bahia?
A Festa do Senhor do Bonfim só perde para o Carnaval baiano! Ela se trata da celebração da Lavagem do Bonfim.
E a festa acontece na segunda quinta-feira do ano, nas ruas da Cidade Baixa, em Salvador. Elas sempre são tomadas por milhares de fiéis, no percurso que se estende desde a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no Comércio, até a Colina Sagrada, no Bonfim.
É uma experiência imperdível para quem busca vivenciar a cultura baiana em sua forma mais autêntica, que une fé, tradição e alegria!
O significado das cores nas fitas do Senhor do Bonfim tem uma relação direta com a crença de religiões de matriz africana. Esses pequenos amuletos ganham uma simbologia ao representar os orixás da religião africana!
Por isso, ao escolher sua fitinha, você não está apenas adquirindo um símbolo de fé, mas também se conectando com as raízes africanas que permeiam a cultura da Bahia.
Cada cor carrega consigo a energia de um orixá específico. Confira:
Verde (escuro ou claro): Oxóssi
Azul claro: Yemanjá
Amarelo: Oxum
Azul escuro: Ogum
Colorido ou rosa: Ibeji (erê) e Oxumaré
Branco: Oxalá
Roxo: Nanã
Preta com letras vermelhas: Exú e Pombagira
Preta com letras brancas: Omulu e Obaluaê
Vermelha: Iansã Vermelha com letras brancas: Xangô
Verde com letras brancas: Ossain
E vale lembrar que as cores, além de refletirem a diversidade dos orixás, também estabelecem uma ponte entre a espiritualidade africana e as práticas católicas. Por exemplo, Iemanjá encontra paralelo em Nossa Senhora da Conceição, Ogum em Santo Antônio e Oxalá no próprio Senhor do Bonfim.
Escolha as cores que mais ressoam com seus desejos e mergulhe nessa tradição única, aprimorando sua experiência na maravilhosa Bahia. Além de carregarem consigo essa carga simbólica, as fitinhas podem se tornar elementos decorativos, dando um toque especial a qualquer ambiente!
Como comentamos agora, as fitas do Senhor do Bonfim transcenderam as fronteiras de Salvador e ganharam o mundo!
Mesmo se você estiver longe da capital baiana, é quase certo que já tenha se deparado com essas fitinhas coloridas estampando uma infinidade de itens, desde roupas até canecas, passando por mantas, bolsas, chaveiros e muito mais.
Essas cores alegres encontraram espaço para além das tradicionais amarrações nos pulsos e tornozelos. Elas também fazem parte da decoração, podendo transformar ambientes com mais alegria.
Seja na cozinha, com jogos americanos, guardanapos, bandejas e utensílios domésticos, ou em outros espaços, as fitas do Senhor do Bonfim conquistaram espaço no cotidiano de maneira criativa e marcante.
Para você ter uma ideia, a influência das fitinhas ultrapassou fronteiras e inspirou designers internacionais, como o renomado estúdio italiano 20age, que criou uma poltrona Senhor do Bonfim, utilizando a fita como elemento de destaque no acabamento. A peça foi um sucesso em exposições, lojas e revistas de decoração!
Além de ser um ícone na tradição baiana, a cidade de Bom Jesus da Lapa, no Vale do São Francisco, também abraça essa tradição colorida.
Outras localidades, como Nova Era, em Minas Gerais, adotaram as fitinhas em homenagem a seus padroeiros, ampliando ainda mais a difusão desse símbolo colorido. Incrível, não é mesmo?
A riqueza cultural de Salvador é muito massa e sempre surpreende, né? E quem acompanha a gente por aqui, sabe bem o quanto a gente ama te contar mais sobre essas belezas e tradições.
E, já que estamos falando sobre isso, que tal aproveitar para conhecer Costa do Sauípe?
Além da beleza natural da praia quase exclusiva, você pode aproveitar piscinas com bares molhados, comidas típicas nos restaurantes, bebidas sempre geladinhas e, é claro, fitinhas do Senhor do Bonfim na Vila Nova da Praia.
Estamos falando de um complexo de hoteis all inclusive que te entrega uma experiência inesquecível e cheia de baianidade!
E voltando a falar a da vila, o espaço é repleto de lojinhas bacanas para você conhecer produtos naturais, instrumentos musicais e várias lembrancinhas para levar para quem não viajou com você. O que acha?
Vem para Costa do Sauípe!
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