Autor
Costa do Sauípe
Equipe Costa do Sauípe
“A cena toda como no cinema
O bumbo ao longe, o metal anuncia
Tá começando mais um carnaval
[...]
O carnaval, quem é que faz?
O carnaval ainda quem faz é o folião…”
É no batuque massa de BaianaSystem e Lucas Santtana que a gente puxa o ritmo do nosso papo de hoje. E não tinha como começar a falar sobre o Carnaval da Bahia de outro jeito!
O calor, a vibração das multidões, a música que pega lá no coração e vai fazendo o corpo todo se mexer naturalmente… Eita, coisa boa! Chega arrepia, viu? Se baianidade já é sinônimo de animação, isso fica ainda mais nítido nas celebrações carnavalescas. Afinal, tanto em Salvador como em todo o território do estado, o Carnaval da Bahia é uma manifestação poderosa da cultura popular.
Imagine aí uma verdadeira explosão de ritmos, danças, cores e alegria. Esse cenário incrível faz com que até mesmo quem não é muito fã da Festa de Momo acabe se rendendo à magia do Carnaval baiano. Então deixa essa energia contagiante te tocar e vem com a gente: aqui, vamos te contar mais sobre esse evento único. O Carnaval quem faz é o folião, e nós vamos mostrar alguns detalhes fascinantes sobre como é feito o Carnaval da Bahia.
Bora pra folia!
Quem deseja se aprofundar na rica bagagem do Carnaval baiano tem uma parada certa em Salvador: a Casa do Carnaval da Bahia.
Situado em um charmoso casarão antigo, esse é o maior museu dedicado especialmente aos temas carnavalescos em todo o Brasil. O foco do impressionante acervo, claro, é o Carnaval baiano e as muitas manifestações diversas que fazem parte dele. Nos quatro pavimentos da casa, a tecnologia conduz os visitantes por um passeio na história da cultura popular baiana. As exposições são interativas, com direito a muitas experiências que mexem com os sentidos, e incluem também maquetes, instrumentos e trajes que já marcaram a folia.
Além disso, tem também várias projeções de vídeo, fotografias antigas, documentos históricos, dois cinemas e um terraço que proporciona uma vista privilegiada da Baía de Todos-os-Santos. Sensacional, né? A Casa do Carnaval da Bahia fica na Praça Ramos de Queirós, s/nº, no icônico bairro do Pelourinho.
“Quem está em baixo quer mais espaço
Quem está em cima quer o seu calorQuem tá na chuva pula e se enxuga
Tá começando mais um carnaval…”
A folia está presente em quase todos os cantos do estado, mas não dá para negar: a maior festa do Carnaval da Bahia rola mesmo em Salvador. Milhões de baianos e turistas participam das comemorações todos os anos, em um megaevento que costuma durar 6 dias (em 2023, foram 10). E isso porque a gente nem está contando o período de prévias e as festas fora de época!
Os festejos dos soteropolitanos seguem uma longa tradição de Carnaval de rua. As multidões dançantes são conduzidas pelos gigantescos trios elétricos, que sempre trazem as atrações mais badaladas de ritmos como axé, samba, pagode, pop, samba-reggae, funk e muitos outros gêneros que se misturam nos circuitos do Carnaval de Salvador.
Alguns trios elétricos delimitam a plateia com as famosas cordas, que ficam estendidas ao redor dos foliões que compraram os abadás. Mas quem fica do lado de fora – na chamada “pipoca” – curte a festa do mesmo jeito! Ah, e muitos blocos grandes não fazem esse tipo de separação. Se você planeja curtir o Carnaval de Salvador, fique de olho na programação oficial para descobrir quando desfilarão os trios gratuitos, sem corda.
E afinal de contas… por onde será que passam esses desfiles tão contagiantes? Acabou sua dúvida. Abaixo, a gente te mostra quais são os principais circuitos do maior evento de Carnaval da Bahia.
O Carnaval de Salvador é tão animado que não cabe em um lugar só. Por isso, a programação dos blocos é dividida em circuitos, trajetos realizados pelos trios elétricos e seguidos pelos foliões.
Pioneiro nessa dinâmica, o Circuito Osmar (ou Circuito Campo Grande) é o mais antigo do Carnaval da Bahia. Ele atravessa o Centro de Salvador, saindo do lindo Largo do Campo Grande e seguindo pela Avenida Sete de Setembro. Depois, os trios entram na Rua Carlos Gomes para fazer o retorno e pegar o caminho de volta, em um percurso que tem 6 quilômetros no total.
Se você quiser acompanhar toda a duração do Circuito Osmar, prepare-se para seguir a folia por cerca de 5 horas. Quem prefere curtir com um pouco mais de conforto tem a opção de garantir um lugar em alguma das arquibancadas, espaços separados da rua.
Considerado o principal circuito alternativo de Salvador, o Circuito Dodô foi criado para levar toda a vibração do Carnaval da Bahia a um cenário tropical paradisíaco.
O trajeto de 4,5 quilômetros é percorrido inteiramente à beira-mar, bem de frente para a encantadora beleza litorânea da Baía de Todos-os-Santos. Com início no Farol da Barra, o Circuito Dodô vai até o charmoso bairro de Ondina, uma das áreas mais tradicionais da cidade. Por isso, também é conhecido como Circuito Barra-Ondina.
Esse costuma ser ponto de folia escolhido por quem gosta de aproveitar uma estrutura diferenciada. Afinal, é no Circuito Dodô que ficam os melhores camarotes do Carnaval da Bahia, que costumam oferecer recursos como buffet, banheiros exclusivos, open bar e acesso à praia.
Se você curte uma celebração mais tranquila, sem a lotação e a agitação dos grandes blocos, não precisa se preocupar: o Carnaval da Bahia tem um lugarzinho para todo mundo.
O Circuito Batatinha é um ponto que oferece uma experiência carnavalesca bem distinta das que mostramos até agora, a começar pela música. Ao contrário dos circuitos maiores, em que reinam os ritmos sempre frenéticos dos trios elétricos, o Batatinha traz um som mais nostálgico, regado a marchinhas tradicionais, fanfarras, blocos “acústicos” e grupos folclóricos.
Ele ocorre no Pelourinho, na Praça da Sé e na Praça Castro Alves, ganhando também o diferencial de passar por entre as lindas construções antigas do Centro Histórico. É uma programação perfeita para quem busca uma festa sossegada, distante das multidões e com paisagens arquitetônicas incríveis. Se você pretende viajar com as crianças para aproveitar o Carnaval da Bahia em família, o Circuito Batatinha é uma ótima pedida!
Que tal foliar no bloco da musa Ivete Sangalo durante o Carnaval da Bahia?
É isso mesmo! Estamos falando do icônico Bloco Coruja. Desde que foi criado, em 1963, ele é conhecido por sua agenda cheia de gigantes da música baiana. A edição de 2001, por exemplo, entrou para a história por causa da inesquecível apresentação do cantor Ricardo Chaves (da antiga Banda Eva). Em 2002, o Bloco Coruja passou a ser pessoalmente comandado por Ivete Sangalo, um dos maiores ícones da música brasileira e símbolo do Carnaval da Bahia. A energia que “Veveta” transmite quando está em cima do trio é sem igual!
Tradicionalmente, o Bloco Coruja desfila no Circuito Dodô (Barra-Ondina) no sábado de Carnaval e na segunda-feira. Os preços dos abadás costumam começar na casa dos R$ 800,00.
Todo mundo sabe que a cultura da Bahia tem uma ligação muito próxima com a bagagem herdada da África. Da fantástica culinária baiana até a música popular e a dança, a Terra do Dendê está cheia de manifestações genuinamente afrobrasileiras, incluindo elementos icônicos como o acarajé e a capoeira.
Hoje em dia, essa rica influência aparece aos montes no Carnaval da Bahia. Mas nem sempre foi assim, sabia? Por muito tempo, a maioria das grandes festas carnavalescas de Salvador eram organizadas e frequentadas exclusivamente por pessoas brancas. Esse cenário só começou a virar na década de 1970, em um movimento puxado pelo pioneiro Ilê Aiyê.
Com seu samba afro inspirado pelas batidas jamaicanas e os sofisticados trajes dignos da realeza africana, o Ilê Aiyê foi uma revolução. Criado no bairro de Curuzu, em Salvador, ele nasceu com a ideia de valorizar e difundir o espetáculo que é a cultura afrobrasileira. E desde a primeira apresentação, no Carnaval de 1975, o bloco tem cumprido esse objetivo com sucesso.
Apelidado de “o belo dos belos”, o Ilê Aiyê representou uma virada cultural para o Carnaval da Bahia, mudando para sempre o modo como as comunidades pretas de Salvador festejavam a Festa de Momo e celebravam suas origens. Era a ancestralidade africana tomando conta das ruas, o nascimento do primeiro bloco afro do Brasil.
Hoje em dia, o Ilê Aiyê conquistou reconhecimento local e internacional, mas ainda mantém a tradição de desfilar pelo bairro do Curuzu durante o Carnaval, depois de um bom ritual de padê para abrir os caminhos. Se você tiver a oportunidade de presenciar essa ocasião, vai perceber que o apelido do bloco não surgiu à toa. O Ilê Aiyê é de uma beleza única mesmo!
“Veja o afro Olodum
Ao passar na avenida
Todos cantando felizes
De bem com a vida
Caminhando lado a lado…”
Talvez você ainda não conhecesse o Ilê Aiyê antes da nossa explicação, mas com certeza já ouviu falar no Olodum. Aliás, é provável que você tenha escutado muitas vezes canções como Deusa do Amor, que abriu esta seção, ou Faraó Divindade do Egito (“eu falei faraó, ê, faraó…”). Parece familiar, né?
Pois é, isso porque várias músicas assinadas pelo Olodum já se consagraram como grandes clássicos da música brasileira. A escola de tambores mais famosa do mundo surgiu em 1979, seguindo os caminhos abertos pelo Ilê Aiyê. No início, o Olodum tinha como objetivo proporcionar uma boa folia de Carnaval para os moradores do Pelourinho-Maciel, região que era habitada principalmente por pessoas negras.
Assim como o pioneiro, o Olodum sempre tirou sua musicalidade hipnotizante da mistura entre ritmos brasileiros e africanos. Foi ele que deu origem ao samba-reggae, gênero que hoje em dia marca presença em todo Carnaval da Bahia. O sucesso veio logo, com direito à fama global: em poucos anos, o grupo já levava a força de seus tambores afro para vários países do mundo.
Essa visibilidade impulsionou ainda mais o fortalecimento cultural das comunidades pretas no Brasil e o Olodum se tornou um dos principais símbolos da revolução iniciada pelo Ilê Aiyê. Tradicionalmente, ele se apresenta várias vezes durante o Carnaval da Bahia, contagiando vários circuitos carnavalescos de Salvador com as batidas emocionantes das canções. É de tirar o fôlego!
Momento desafio! Tente ler os versos abaixo sem pensar em nenhum ritmo musical e sem “cantar mentalmente”, pode ser? Então vamos lá:
“Mal acostumado, você me deixou
Mal acostumado, com o seu amor
Então volta, traz de volta o meu sorriso
Sem você não posso ser feliz”
Não conseguiu, né? Tudo bem, é difícil mesmo. Essa é uma daquelas canções que já se eternizaram no repertório da maioria dos brasileiros – até de quem nem gostam muito de axé –. É um dos vários sucessos da banda Ara Ketu, mas o que muita gente não sabe é que o grupo musical nasceu como bloco de folia no Carnaval da Bahia.
Fundado em 1980, o Ara Ketu foi idealizado por Vera Lacerda e Augusto Lacerda, soteropolitanos do bairro de Periperi. Na mesma toada do Ilê Aiyê e do Olodum, o bloco tinha uma produção artística fortemente inspirada na musicalidade afrobrasileira, tornando-se outro agente importantíssimo na luta contra as discriminações. Na língua iorubá, o nome “Ara Ketu” significa “Povo de Queto”, menção a uma etnia africana da região do Benim.
Como não poderia deixar de ser, os shows do Ara Ketu sempre agitam o Carnaval da Bahia. Em 2023, a banda participou da abertura das festividades oficiais em Salvador, trazendo a animação inspiradora de sempre. É como diz a música: “o Ara Ketu quando toca deixa todo mundo pulando que nem pipoca”.
Até aqui, já deu para entender por que a gente gosta tanto do Carnaval da Bahia, né?
E não estamos sozinhos! Todo mundo que tem a oportunidade de vivenciar um pouquinho desse evento fantástico concorda: é uma experiência incomparável. A celebração mais famosa de todas é mesmo a de Salvador, mas a verdade é que o Carnaval da Bahia é um fenômeno muito maior, que se estende por todo o estado e vai além dos dias oficiais da Festa de Momo.
Se você quiser conhecer a folia baiana de perto sem ter que esperar fevereiro, que tal participar de um Carnaval fora de época cheio de atrações incríveis, em meio às paisagens maravilhosas do litoral norte?
É o Sauípe Weekend, uma experiência de micareta do Carnaval da Bahia no coração do paraíso. Vem com a gente pular ao som de atrações como Bell Marques, Xand Avião, Timbalada e Banda Eva! A edição de 2023 já passou, mas vale muito a pena ficar de olho nas redes sociais da Costa do Sauípe. Assim você acompanha as preparações para as próximas edições, assim como as mudanças no line-up dos artistas.
Ah…e você ainda aproveita o conforto sem igual da estrutura all inclusive do Costa do Sauípe e curte o sol baiano nas praias apaixonantes.
Aqui no Costa do Sauípe, a gente sabe: o Carnaval da Bahia é tão incrível que ele não pode acontecer só uma vez por ano. E aí, bora festejar?
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