Autor
Costa do Sauípe
Equipe Costa do Sauípe
O que é que a baiana tem?
Tem torço de seda, tem!
Tem brincos de ouro, tem!
[...]
Tem saia engomada, tem!
Tem sandália enfeitada, tem!
Tem graça como ninguém…
Você pode nunca ter pisado na Bahia, mas com certeza conhece a figura carismática da baiana do acarajé.
Afinal, as saias rodadas e os sorrisos acolhedores que costumam estar por trás do quitute favorito dos baianos são mesmo inconfundíveis. Nas ruas de Salvador e de várias outras cidades do estado, as pulseiras coloridas e os turbantes compõem um cenário mágico junto com uma mistura vibrante de temperos, aromas e sabores únicos. Por isso, a tradicional função das baianas do acarajé se tornou marca registrada da baianidade.
Quer descobrir o que é que a baiana tem? Basta continuar por aqui! Hoje, vamos te levar para desvendar os mistérios e a beleza desse ofício que é puro axé. É hora de aprender sobre um dos ícones mais importantes do imaginário popular brasileiro. Vem com a gente entender o que faz uma baiana do acarajé e como ela se tornou um símbolo de tradição, alegria e resistência.
Embora as baianas do acarajé apareçam frequentemente na TV, na internet e em várias outras mídias, muita gente ainda não sabe quem elas são.
E a definição pode ser um pouco complexa mesmo: baiana do acarajé é uma profissão, mas também é um ofício responsável por manter a ancestralidade viva. É trabalho, tradição e cultura ao mesmo tempo. Como o próprio nome indica, as baianas do acarajé são mulheres que vendem acarajés e outras iguarias da espetacular culinária baiana. Geralmente, elas também preparam os quitutes.
Quem vê uma baiana do acarajé logo se encanta com a riqueza de seus trajes típicos: vestido branco adornado com renda, colares de conta, pano de costa e torso (uma espécie de turbante amarrado ao redor dos cabelos) são alguns dos elementos “obrigatórios”. É que a função das baianas do acarajé vai muito além de vender comida. Elas conservam nas roupas e nos preparos uma tradição que existe há muitos séculos.
As primeiras baianas do acarajé surgiram no Brasil Colônia, no tempo em que a escravidão ainda existia. Eram as mulheres africanas e suas descendentes que preparavam as receitas trazidas da bagagem culinária iorubá. Por meio desse ofício, muitas trabalhadoras conseguiram juntar recursos para comprar a própria liberdade e sustentar suas famílias. Além de guardiãs dos temperos considerados sagrados na crença iorubá, as baianas do acarajé são, até hoje, responsáveis por preservar a memória das origens afro-brasileiras.
Nem precisamos dizer que essas origens são super importantes para a cultura baiana, né?
Como você já sabe, a iguaria vendida pela baiana do acarajé nasceu na África.
Muito antes da existência da Bahia que conhecemos hoje, o acarajé já era preparado pelo povo Iorubá na região onde ficam a Nigéria, Benin, Camarões e Togo. A ideia de fazer um bolinho frito à base de feijão provavelmente foi inspirada no falafel dos árabes, mas logo ganhou vários traços únicos. Quando os africanos foram trazidos ao Brasil, essa delícia regada a azeite de dendê dominou a Bahia rapidinho, tornando-se o prato número um da culinária típica.
Para os iorubás e para quem segue as religiões afro-brasileiras, a importância do acarajé vai além do sabor incrível. Ele é uma comida sagrada, tradicionalmente oferecida aos orixás Xangô e a Iansã e preparada em muitos rituais. O nome do alimento vem da palavra akara, que quer dizer “bola de fogo”. Combina bastante com o sabor apimentado dessa maravilha culinária!
Mais do que adorada pelos brasileiros, a baiana do acarajé também é reconhecida de várias formas por seu papel como ícone cultural.
Tanto é que ela tem até uma data comemorativa própria: o Dia Nacional da Baiana do Acarajé, celebrado anualmente em 25 de janeiro. Com direito a uma festa animada – e muita comida boa –, o evento acontece em Salvador e no Rio de Janeiro. A programação geralmente inclui missas, música, dança e várias outras manifestações culturais apaixonantes. Ah, o momento mais especial de todos no Dia da Baiana do Acarajé é o cortejo das baianas, é claro.
Sabia que o ofício de baiana do acarajé é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2005?
É isso aí: o legado que inclui a produção e a venda dos bolinhos é tão preciosa que recebeu uma atenção especial do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Assim como a capoeira, a função das baianas do acarajé recebeu o título de patrimônio imaterial, concedido a práticas, festas, saberes, danças e outros elementos valiosos para identidade de um lugar. Em outras palavras, a baiana do acarajé é um verdadeiro ícone oficial da bagagem cultural baiana. O destaque é mais do que merecido!
No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi
Caruru
Mungunzá, oi
Tem umbu, pra ioiô…
Afinal de contas, o que tem no tabuleiro da baiana?
O tabuleiro é a superfície – geralmente uma mesa, balcão ou tábua – que as baianas do acarajé usam para expor e organizar as delícias vendidas. Afinal, todo mundo sabe que um bom acarajé pede os acompanhamentos certos! Por isso, o tabuleiro da baiana sempre vai ter os recheios clássicos: camarão seco, vatapá (creme à base de camarões, condimentos e pão molhado ou farinha) e caruru (cozido feito com quiabo). Também é comum encontrar vinagrete e, é claro, o azeite de dendê e a tradicional pimenta baiana.
Em muitos casos, o tabuleiro da baiana inclui também outros pratos além do acarajé e dos seus acompanhamentos. Às vezes os compradores também têm a oportunidade de degustar mingau, abará, cocada, lelê e mais iguarias sensacionais. Deu até água na boca, né?
Aliás, fica a dica: quando for pedir seu acarajé na Bahia, a baiana vai te perguntar se você prefere o alimento quente ou frio. Mas não tem nada a ver com temperatura! Na verdade, ela quer saber se você vai encarar o acarajé com adição de pimenta (quente) ou sem.
Assim como o próprio acarajé, as roupas características das baianas do acarajé têm um significado sagrado e especial.
São os mesmos trajes utilizados nos rituais do candomblé: a peça principal é o axó, uma saia longa bem rodada. Além dela, também fazem parte do look tradicional o camisu (bata adornada com bordados e outros enfeites), o pano de costa (corte de tecido usado sobre os ombros) e o ojá (pano amarrado à cabeça como um turbante). Embora sejam geralmente brancos, esses elementos também podem aparecer em outras cores.
Por cima dessas peças clássicas, as baianas do acarajé usam acessórios que deixam a composição do visual ainda mais rica. É comum vê-las com vários colares de miçangas coloridas, guias (cordões que representam um orixá), enfeites de búzios, pulseiras e brincos de ouro e outras coisas que remetem à fé afro-brasileira e às origens africanas. É uma coisa linda de se ver!
Não foi por sorte que o belo papel das baianas do acarajé sobreviveu a tantos séculos.
Na verdade, os segredos e técnicas envolvidos na comida de rua baiana sempre foram transmitidos como heranças de família. Até hoje, se você perguntar a uma baiana do acarajé como ela adquiriu os saberes necessários para seguir com a tradição, é muito provável que ela te conte como aprendeu tudo com a mãe ou com a avó.
Por isso, além de carregar todo esse legado imenso que já mencionamos, o ofício de baiana do acarajé também é um pilar do sentimento de comunidade. Desde a época em que a profissão surgiu, os momentos de reunião entre mulheres da mesma família ou vizinhança também são patrimônios imateriais. Quando elas se juntam para trocar histórias, conhecimentos e receitas, acabam eternizando toda a história que existe por trás das baianas do acarajé.
No fim das contas, o que é que a baiana do acarajé tem?
Uma riqueza cultural sem comparação, é claro! Ela tem bagagem histórica, tem saberes ancestrais, tem significado na fé e muita, mas muita baianidade. Quando você tiver a oportunidade de provar um autêntico acarajé baiano, vai entender por que as baianas do acarajé são tão espetaculares. Essa é uma das muitas experiências que só o turismo na Bahia pode proporcionar.
Imagina só vivenciar tudo isso e ainda se hospedar de frente para as praias mais paradisíacas do litoral baiano! No Costa do Sauípe, você e sua família aproveitam o sol e o mar no conforto de um resort all inclusive e ainda curtem uma imersão nas maravilhas da cultura baiana. Vem se apaixonar pela Bahia de verdade!
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